Teus passos incertos,
Apontam para as ruas da minha praia.
Tua guia estrela,
Mágica, calada e silenciosa,
Te envia uma luz direta, concreta:
Rumo Sul.
Teu Norte perdido no mundo,
A buscar a mulher dos sonhos.
Seria ela, a bela, a escolhida?
Dentre tantas belas na tua vida?
O som das ondas do mar infinito,
respondem que sim,
Ao quebrar na praia,
E se vão...
Neste vem e vai nada registram,
Na areia molhada e fina.
Leia a tua alma,
Acompanhe o teu verso,
Viva o meu espírito,
Respire o teu destino...
Ela, a bela escolhida
Está enternecida!
E de medo escondida,
De virar cigana mundana,
E te perder na resposta,
Da areia orvalhada pelo mar.
Rumo Sul.
Sem pressa, sem medo,
Olho no olho.
O que estamparia este olhar?
Quem se encantaria,
Depois de tanta fantasia?
O devaneio assusta,
A presença impotente afugenta,
A concretude do rumo Sul.
Perca o prumo, espere o seu turno.
Será ela, a bela preterida?
Ou a mais querida,
Dentre tantas outras supostas belas
Na tua vida?
Vera Reimann
Guarujá - 11/06/98
*Direitos Autorais Reservados
Aqui me encontro eu, por mim mesma. Mais do mesmo, menos do mais. Tanto em tão pouco, atemporal, presente desde sempre. Assim veio, parou no tempo. Aqui e ali. Falta tanto e sobra muito de mim mesma ao meu redor.
domingo, 25 de julho de 2010
Castelos
Construí um castelo
apoiado no nada.
O primeiro vento
o derrubou.
Perdoei.
Ergui-o de novo
mas nova rajada,
que veio do nada,
o desmanchou.
Tive paciência,
fiz tudo de novo.
Tentei proteger melhor,
mas isso foi ainda pior.
No meio de nova tormenta,
as águas da chuva,
o lavaram
e o levaram.
Não tenho mais castelo,
Não tenho mais areia
e nem mais paciência.
Adeus, meu castelo encantado
que um dia pensei
ter encontrado.
Na minha fragilidade,
na tua falta de cumplicidade,
com o AMOR,
o mais belo de todos,
nos perdemos por inteiro
sem volta ou devaneio.
Desacredito de suas palavras,
e das suas promessas.
E para amar, doutor,
É preciso acreditar.
É preciso que um e outro,
cumpram seu papel
à risca,
acima de qualquer suspeita.
Essa é a única receita,
para se viver esse frágil domínio,
com a magia, a maestria e o fascínio
que é viver um grande amor.
Vera Arruda Reimann
Jun/98
*Direitos Autorais Reservados
apoiado no nada.
O primeiro vento
o derrubou.
Perdoei.
Ergui-o de novo
mas nova rajada,
que veio do nada,
o desmanchou.
Tive paciência,
fiz tudo de novo.
Tentei proteger melhor,
mas isso foi ainda pior.
No meio de nova tormenta,
as águas da chuva,
o lavaram
e o levaram.
Não tenho mais castelo,
Não tenho mais areia
e nem mais paciência.
Adeus, meu castelo encantado
que um dia pensei
ter encontrado.
Na minha fragilidade,
na tua falta de cumplicidade,
com o AMOR,
o mais belo de todos,
nos perdemos por inteiro
sem volta ou devaneio.
Desacredito de suas palavras,
e das suas promessas.
E para amar, doutor,
É preciso acreditar.
É preciso que um e outro,
cumpram seu papel
à risca,
acima de qualquer suspeita.
Essa é a única receita,
para se viver esse frágil domínio,
com a magia, a maestria e o fascínio
que é viver um grande amor.
Vera Arruda Reimann
Jun/98
*Direitos Autorais Reservados
Vôo livre
Vôo livre,
Nesse anseio
Sem sonho.
Nessa explosão
De beleza e certeza.
A sensação de liberdade,
Embebeda e agita, Murmura incontida,
Exalta e grita,
Rumor de paz,
Momento de felicidade.
Estampa no rosto,
Grito e acalento,
A paz, o momento,
A certeza explosão.
Esmaga nas ruas
Os passos incertos,
Os gemidos possessos,
Enlouquece a razão.
Ferem-se os homens,
Calam-se as vozes,
Mas a liberdade do coração,
Quem poderá conter?
Vão-se os sábios,
E nas ruas da cidade,
Pululam os homens...
Simplesmente humanos.
O momento, contudo, é feliz.
Solta a liberdade,
Que, montanha e tempestade,
Domina e impõe...
As ruas, caminhos cruzados,
Um ponto que faz clarão,
Um rosto ansiado,
Um encontro na multidão.
(ou em uma caixinha de nomes).
Um ponto que se aproxima,
A cada dia, sem pressa,
Que enfeitiça a entrega,
Que seduz com paixão...
E as vozes emudecidas,
Ressurgem intensas,
E cantam,
Porque há vida...
Nesse anseio
Sem sonho.
Nessa explosão
De beleza e certeza.
A sensação de liberdade,
Embebeda e agita, Murmura incontida,
Exalta e grita,
Rumor de paz,
Momento de felicidade.
Estampa no rosto,
Grito e acalento,
A paz, o momento,
A certeza explosão.
Esmaga nas ruas
Os passos incertos,
Os gemidos possessos,
Enlouquece a razão.
Ferem-se os homens,
Calam-se as vozes,
Mas a liberdade do coração,
Quem poderá conter?
Vão-se os sábios,
E nas ruas da cidade,
Pululam os homens...
Simplesmente humanos.
O momento, contudo, é feliz.
Solta a liberdade,
Que, montanha e tempestade,
Domina e impõe...
As ruas, caminhos cruzados,
Um ponto que faz clarão,
Um rosto ansiado,
Um encontro na multidão.
(ou em uma caixinha de nomes).
Um ponto que se aproxima,
A cada dia, sem pressa,
Que enfeitiça a entrega,
Que seduz com paixão...
E as vozes emudecidas,
Ressurgem intensas,
E cantam,
Porque há vida...
Se liga...
Minha vida,
sempre tão certinha,
estruturada....
de repente
uma corrente de ar
nela soprou....
trouxe você,
mansamente,
e me golpeou.
Penso você,
sonho você,
vivo você!
Se não existe,
porquê me castiga?
Tão apaixonadamente,
incoerente,
incongruente,
inconsequente,
que por vezes não enxergo
a distância
e as fronteiras,
que existem entre nós...
Fomos feitos um para o outro,
não tenho dúvidas.
sempre tão certinha,
estruturada....
de repente
uma corrente de ar
nela soprou....
trouxe você,
mansamente,
e me golpeou.
Penso você,
sonho você,
vivo você!
Se não existe,
porquê me castiga?
Tão apaixonadamente,
incoerente,
incongruente,
inconsequente,
que por vezes não enxergo
a distância
e as fronteiras,
que existem entre nós...
Fomos feitos um para o outro,
não tenho dúvidas.
Só não sei mais como viver,
sem te ver...
e quero crer
que esse cara,
concreto,
vai surgir,
esperto,
de verdade
e bem perto
sem te ver...
e quero crer
que esse cara,
concreto,
vai surgir,
esperto,
de verdade
e bem perto
vai me fazer acreditar
no amor outra vez.
no amor outra vez.
Se liga, meu!
Vera Reimann
23/11/1999
*direitos autorais reservados
Compasso
Marcado no compasso,
O passo.
Passageiro da noite
Espaço...
Perdida no silêncio,
Desfaço dramas,
Construo tramas...
Disfarço...
A ferida mal cicatrizada.
Sem pressa...
Passeio no véu das horas,
e com risada matreira,
me faço por inteira,
e assino abaixo!
Vera Arruda Reimann
1987
*Direitos Autorais Reservados
O passo.
Passageiro da noite
Espaço...
Perdida no silêncio,
Desfaço dramas,
Construo tramas...
Disfarço...
A ferida mal cicatrizada.
Sem pressa...
Passeio no véu das horas,
e com risada matreira,
me faço por inteira,
e assino abaixo!
Vera Arruda Reimann
1987
*Direitos Autorais Reservados
Amor amigo
Um amor-amigo
Me bateu no peito.
Me bateu no peito.
Latente amor antigo
Nunca satisfeito.
Nunca satisfeito.
Esse amigo-amor,
Desconhece o medo,
E em meu pensamento
Sonho ser capaz,
De arrasar a dor,
Que rouba o teu sono
E teu olhar sereno.
Me encontro te vendo,
Num doce alento,
De amigo-amor
De antigo amigo
De amor-amigo
Suportando a mágoa
Desse teu momento.
Tuas lágrimas doídas,
Se rompem caladas,
Te embalo no colo,
E te faço sonhar.
Mas tal qual árvore
Resistirá aos tempos,
E brotará vida
Novos frutos e flores.
E colheremos juntos,
Desse seu plantio,
Um novo momento.
À vida renascida,
Ao amor antigo,
Ao amor-amigo,
Enfim brindaremos!
Vera Arruda Reimann
17/11/97
*Direitos Autorais Reservados
Tão longe, tão perto
Tão longe, tão perto!
Misterioso destino,
eletrônico e esperto,
que fez nossos astros se cruzarem,
na névoa da madrugada despertarem.
Imagens e pensamentos
refletem e repetem,
o encanto e a magia
do desconhecido,
da imponderável euforia,
desafiando nossa alquimia.
Quem sabe os astros,
que nos aproximaram,
num piscar de olhos,
breve lampejo,
estão agora reunidos,
em coro proclamando um desejo:
que esse amor esteja escrito nas estrelas.
Vera Arruda Reimann
março/98
*Direitos Autorais Reservados
Misterioso destino,
eletrônico e esperto,
que fez nossos astros se cruzarem,
na névoa da madrugada despertarem.
Imagens e pensamentos
refletem e repetem,
o encanto e a magia
do desconhecido,
da imponderável euforia,
desafiando nossa alquimia.
Quem sabe os astros,
que nos aproximaram,
num piscar de olhos,
breve lampejo,
estão agora reunidos,
em coro proclamando um desejo:
que esse amor esteja escrito nas estrelas.
Vera Arruda Reimann
março/98
*Direitos Autorais Reservados
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