Sou assim, intensa e dicotômica,
Feito bomba atômica,
A explodir de sensações...
Sou assim como sou,
E se assim não o fosse,
Seria o teu sonho mais doce,
Prá te envenenar...
Sou assim, simples e complexa,
De rara beleza anexa,
Num grande turbilhão...
Sou assim, brisa e maremoto,
E o meu amor te devoto,
Qual substantivo, remoto e abstrato,
Teu pudor por inteiro desacato...
Sou assim, feita de noite e dia,
Lua cheia em pleno meio-dia,
Tempestade que arrasa a teoria,
Capaz de transformar a tua vida
Numa enorme sinfonia...
Sou assim, rebelde e cordata,
Música de suave serenata,
Meio povo meio aristocrata,
A te envolver de paixão...
Sou assim, meio bruxa meio fada,
De face levemente imaculada,
Ardente desejo da madrugada,
Ventania em calmaria disfarçada...
Sou aquela que buscou a vida toda,
E que agora encontrou sem procurar,
Pelo remoto desejo do destino a provar,
Que o amor bate à porta sem avisar...
Sou assim, e assim o és também...
Vera Arruda Reimann
28/11/2002
*Direitos Autorais Reservados
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