domingo, 25 de julho de 2010

Castelos

Construí um castelo
apoiado no nada.
O primeiro vento
o derrubou.
Perdoei.

Ergui-o de novo
mas nova rajada,
que veio do nada,
o desmanchou.

Tive paciência,
fiz tudo de novo.
Tentei proteger melhor,
mas isso foi ainda pior.

No meio de nova tormenta,
as águas da chuva,
o lavaram
e o levaram.

Não tenho mais castelo,
Não tenho mais areia
e nem mais paciência.
Adeus, meu castelo encantado
que um dia pensei
ter encontrado.

Na minha fragilidade,
na tua falta de cumplicidade,
com o AMOR,
o mais belo de todos,
nos perdemos por inteiro
sem volta ou devaneio.

Desacredito de suas palavras,
e das suas promessas.
E para amar, doutor,
É preciso acreditar.

É preciso que um e outro,
cumpram seu papel
à risca,
acima de qualquer suspeita.

Essa é a única receita,
para se viver esse frágil domínio,
com a magia, a maestria e o fascínio
que é viver um grande amor.

Vera Arruda Reimann
Jun/98
*Direitos Autorais Reservados

Nenhum comentário: