Construí um castelo
apoiado no nada.
O primeiro vento
o derrubou.
Perdoei.
Ergui-o de novo
mas nova rajada,
que veio do nada,
o desmanchou.
Tive paciência,
fiz tudo de novo.
Tentei proteger melhor,
mas isso foi ainda pior.
No meio de nova tormenta,
as águas da chuva,
o lavaram
e o levaram.
Não tenho mais castelo,
Não tenho mais areia
e nem mais paciência.
Adeus, meu castelo encantado
que um dia pensei
ter encontrado.
Na minha fragilidade,
na tua falta de cumplicidade,
com o AMOR,
o mais belo de todos,
nos perdemos por inteiro
sem volta ou devaneio.
Desacredito de suas palavras,
e das suas promessas.
E para amar, doutor,
É preciso acreditar.
É preciso que um e outro,
cumpram seu papel
à risca,
acima de qualquer suspeita.
Essa é a única receita,
para se viver esse frágil domínio,
com a magia, a maestria e o fascínio
que é viver um grande amor.
Vera Arruda Reimann
Jun/98
*Direitos Autorais Reservados
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