domingo, 25 de julho de 2010

Rumo

Teus passos incertos,
Apontam para as ruas da minha praia.
Tua guia estrela,
Mágica, calada e silenciosa,
Te envia uma luz direta, concreta:
Rumo Sul.

Teu Norte perdido no mundo,
A buscar a mulher dos sonhos.
Seria ela, a bela, a escolhida?
Dentre tantas belas na tua vida?

O som das ondas do mar infinito,
respondem que sim,
Ao quebrar na praia,
E se vão...
Neste vem e vai nada registram,
Na areia molhada e fina.

Leia a tua alma,
Acompanhe o teu verso,
Viva o meu espírito,
Respire o teu destino...

Ela, a bela escolhida
Está enternecida!
E de medo escondida,
De virar cigana mundana,
E te perder na resposta,
Da areia orvalhada pelo mar.

Rumo Sul.
Sem pressa, sem medo,
Olho no olho.
O que estamparia este olhar?

Quem se encantaria,
Depois de tanta fantasia?
O devaneio assusta,
A presença impotente afugenta,
A concretude do rumo Sul.

Perca o  prumo, espere o seu turno.
Será ela, a bela preterida?
Ou a mais querida,
Dentre tantas outras supostas belas
Na tua vida?

Vera Reimann
Guarujá  - 11/06/98 

*Direitos Autorais Reservados

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